Excelentíssimo
senhor Temer,
Junto a
outros milhões de brasileiros cansados de assistir à deterioração do Estado
brasileiro, enchi-me de esperança com a vitória do impeachment na Câmara dos Deputados. Nós brasileiros depositamos
nossa esperança em seu vindouro governo, que terá a hercúlea tarefa de reparar
tantos males causados por treze anos de lulopetismo.
Tento não
perder o ânimo quando leio sobre seus possíveis homens de confiança e eventuais
ministros. Trata-se de um momento muito delicado: retrocedemos algumas décadas sob
a batuta petista e urge recuperar o terreno perdido. Neste momento, um
ministério de indicações políticas trará um custo gigantesco para o Brasil e
nos colocará de vez numa espiral viciosa que destruirá mais algumas décadas.
Ao
contrário, o momento é de descrença na classe política: este foi o grande
legado do PT, infelizmente. De forma a conquistarmos a mínima credibilidade
necessário para que o país tenha fôlego para implementar as reformas
necessárias, é preciso empossar um ministério de “craques”. Por isso,
escrevo-lhe com o intuito de compartilhar meu “sonho grande”.
A começar
pela pasta do Planejamento, não podemos prescindir de um minucioso controle de
despesas e de maior eficiência dos gastos públicos. Felizmente, o Brasil conta
com o mais bem-sucedido time de gestores especializados em racionalização de
custos, o vitorioso time da 3G. Marcel Telles é um ótimo nome para o
Planejamento, pois coordenaria com mão firme o uso virtuoso dos recursos
públicos bem como instalaria sistemas de meritocracia em diversas esferas
governamentais – ou seja, tudo o que ele já fez no setor privado com estrondoso
êxito em repetidas ocasiões.
No Ministério
da Fazenda, Armínio Fraga é obviamente um excelente nome. Mas ele já traz
consigo uma certa bagagem pelo fato de já ter ocupado a presidência do Banco
Central e de ter “participado” da campanha eleitoral de 2014. Há outros da
mesma estirpe que entregariam a mesma excelência de gestão e resultados. Andre
Jakurski, por exemplo, é um ótimo nome: gestor brilhante, com formação de primeira
linha e capaz de pensar no curto, médio e longo prazos.
Para o
Banco Central, há apenas um nome: Luis Stuhlberger, o “mestre Yoda” dos
gestores financeiros, uma lenda viva. Quer operar contra o Banco Central?
Faça-o por sua conta e risco, pois do outro lado estará um dos melhores
gestores do mundo. Certamente, conquistaríamos uma credibilidade valiosa na
condução da política monetária.
Na pasta da
Educação, prefiro me abster de propor qualquer nome. Sugiro que, para esta
nomeação, consulte-se o empresário brasileiro que mais investiu em educação ao
longo destes anos: Jorge Paulo Lemann. Ele não só idealizou diversos programas de
sucesso, como também insiste em se manter na fronteira da excelência no campo
educacional, empregando para tal os melhores profissionais do mundo.
Nas pastas
da Indústria e Comércio, Agricultura, Cultura e tantas outras é imperativo que
sejam escolhidos empresários dos respectivos setores. Os empreendedores sabem
melhor que ninguém quais são os gargalos do seu respectivo setor, quais são as
armadilhas, qual a destinação ótima dos recursos públicos. Não temos tempo para
testar tecnocratas ou programas de nomes mirabolantes – precisamos de eficência
em toda a cadeia produtiva. Felizmente, o Brasil é repleto de empresários de
sucesso, que sobreviveram a diversos pacotes econômicos, à hiperinflação, ao
calote da dívida externa, ao confisco da poupança e que seguem produzindo
resultados apesar do ambiente hostil a negócios que se instalou no país.
Precisamos deles no comando.
Com estes
craques em campo, teríamos a credibilidade necessária para adotar uma política supply-side que nos livre de remendos
fiscais como CPMF e outras aberrações. Poderíamos, já no curto prazo, ter mais
eficiência, reduzir custos, baixar impostos e juros. Qualquer outra agenda numa
economia que tributa 40% do PIB (além de outros 10%, 20%, 30% do PIB em
serviços que o Estado não presta adequadamente e que o cidadão tem que
contratar) será fadada a “bater no muro”. Precisamos cortar impostos, com a
contrapartida de aumentar a eficiência do Estado, de modo que a economia
cresça. E, com isso, gere mais arrecadação: só que, desta vez, pelos motivos
certos.
Por que
pessoas tão bem-sucedidas aceitariam o risco de trabalhar no governo? Porque o senhor lhes
dará autonomia para fazer o que deve ser feito. Porque o Brasil precisa deles
para retomar o rumo correto. Porque estas pessoas também desejam um país melhor
para seus filhos e netos. Porque o empresariado brasileiro é generoso e atenderá o chamamento
de reconstrução.
O senhor e
sua equipe política saberão conduzir com maestria a agenda em Brasília, o que não será trivial
sob a raivosa oposição petista. No entanto, o senhor detém o cacife político
necessário para aglutinar o parlamento e instalar as reformas urgentes. Poderemos
finalmente tirar do papel as reformas da previdência, política e
constitucional. Precisamos de arcabouços que nos dêem a flexibilidade
necessária para termos competitividade no século XXI, e já partimos com duas
décadas de atraso.
Vamos suar
a camisa e recuperar o “tempo perdido”, afinal de contas “nosso suor sagrado é
bem mais belo que este sangue amargo” petista.
Boa sorte
ao Brasil.
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