(Por: Mariano Andrade)
Os jogos
olímpicos de Munique em 1972 foram marcados pelo terrorismo que vitimou onze
atletas israelenses e um policial alemão. O massacre foi promovido pelo grupo
Setembro Negro, que invadiu o alojamento da equipe de Israel, fez vários reféns
e – com o impasse nas negociações – promoveu a execução de diversos inocentes.
Durante a
crise, um dos planos de resgate concebido pela polícia alemã consistia em
entrar no prédio pelos dutos de ar-condicionado e, com isso, surpreender os
terroristas. Ocorre que as equipes de TV que faziam a cobertura no local
transmitiram ao vivo os preparativos da operação-surpresa e ninguém se deu
conta de que os terroristas poderiam estar assistindo a tudo aquilo... De fato
estavam ,e exigiram que a polícia abortasse a operação ou os reféns seriam
executados.
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Em 2018,
nossa imprensa televisiva cometeu o mesmo erro de Munique 1972.
O teatro de
Lula e do PT encenado nos dias 6 e 7 de abril contava com uma pequena plateia
ao vivo. As tomadas aéras mostraram que havia manifestantes à frente do
sindicato dos metalúrgicos, mas que as ruas dos quarteirões logo adjacentes
funcionavam normalmente. Ou seja, havia um amealhado de gente por ali, e nada
mais.
Contudo, as
emissoras de TV insistiram em transmitir a palhaçada ao vivo e de forma
ininterrupta, mesmo quando nada estava acontecendo. Esta cobertura non-stop conferiu a Lula e ao PT a
alavancagem necessária para encenarem um circo decadente, onde o condenado –
pasmem – opinou sobre o dia em que preferia ser preso, postou tuítes, acenou
para os gatos-pingados de plantão e concluiu com um discurso onde atacou a esmo
todas as instituições brasileiras, colocando-se acima delas.
O mais
incrível é a Rede Globo ter dado cobertura 24/7 a um convescote de tão baixo
calão, onde – inclusive – havia faixas agressivas vilipendiando a emissora.
Pior, no palanque encontravam-se alguns “intelectuais” globais sancionando os
ridículos pleitos petistas de injustiça, falta de provas, violação de direitos
humanos e perseguição política. Será que eles terão o mesmo destino de William
Waack ou receberão apenas leves palmadinhas no bumbum tal qual José de Abreu?
Durante as
mais de 24 horas do grotesco espetáculo contra a soberania nacional, os
verdadeiros trabalhadores seguiram com suas vidas normalmente. Nas ruas, nos
escritórios, nos mercados, nos carros e mesmo a dois quarteiros do sindicato tratava-se
de um dia normal. Um dia comum em que ocorreria a prisão de um homem comum. Se
o PT esperava que as pessoas fossem colar nas telas de TV dos bares como em dia
de jogo de copa do mundo, errou o cálculo grosseiramente. A mensagem? Ninguém
mais engole as baboseiras lulopetistas. A fila andou. Lula já era.
Mais lamentável
que o papel do PT e seus podres simpatizantes foi a imprensa ter dispensado uma
cobertura tão exagerada à prisão de um cidadão comum... Retifico: a prisão de
um cidadão comum que outrora ocupou um cargo importante e que nele se provou um
bandido incomum. Não foi diferente de Cabral, Dirceu e outros cujas prisões não
contaram com cobertura à la big brother.
Ao conferir uma relevância descabida ao palanque lulista, a imprensa
inadvertidamente subscreveu a opinião de que Lula está acima da lei.
A maioria
dos líderes comunistas teve fins lamentáveis – Pol Pot, Ceausescu, Enver Hoxha
e outros tantos. Lula teve o seu réquiem filmado em HD e transmitido para todos
os cantos do mundo, produzindo baderna como sempre.
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Segundo vários
relatos de Munique, alguns atletas israelenses descuidaram-se e acabaram exagerando na bebida durante a madrugada em que ocorreu a invasão. Mais uma semelhança entre
Munique e São Bernardo, afinal nosso condenado tem por hábito "descuidar-se" e acabou sendo filmado bastante “calibrado” na
sua vigília.
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